sexta-feira, 6 de julho de 2012

O sistema educativo Finlandês


O Sistema  Educativo Finlandês considerado o melhor do mundo….

O nível de insucesso escolar, dos alunos que não terminam a escolaridade obrigatória em Portugal, segundo dados da OCDE relativos a 2007, chega aos 27% , seguido da Turquia com 29% e o México com 31%, enquanto que na Finlândia não chega a 1 %. Quais a razões  desta disparidade de  números?

 Segundo a ministra da educação Finlandesa, a razão principal é a qualidade dos professores, socialmente muito respeitados e valorizados no seu país. Para ser professor na Finlândia é necessário passar pelo menos 5 anos na universidade. As notas de ingresso são tão elevadas como as que em Portugal se exigem para estudar medicina. Só os melhores vão para professores. É dada muita importância à prática pedagógica com estágio feito nas escolas associadas às universidades e com a supervisão de professores experientes.

Durante o tempo de prática, os estagiários preparam as aulas dando conta das planificações aos professores supervisores que vão assistir e avaliar, procurando a melhoria do seu desempenho. Por outro lado, na Finlândia 55% dos pais consideram-se os primeiros responsáveis pela educação dos seus filhos.

Não há muros nem grades à volta das escolas e quando um aluno tem dificuldades, é chamado um professor de apoio para o ajudar na aula, podendo o titular da turma continuar com o grande grupo, enquanto esse aluno recupera. Nas turmas grandes além do professor titular é frequente haver professores ajudantes que dentro da sala de aula, dividem a turma em dois grupos de menor dimensão para mais fácil apoio. Há também aulas para grupos de alunos com dificuldades em matérias/disciplinas específicas. Quando vários alunos apresentam dificuldades de aprendizagem formam-se pequenos grupos de nível onde é dada a mesma  matéria que numa aula normal, mas  de forma  mais atrativa e ao seu ritmo. Por vezes, adianta-se a matéria da semana seguinte como preparação para estes alunos com dificuldades. As escolas têm psicólogos e assistentes sociais, que em caso de maior gravidade encaminham esses alunos para instituições específicas. A escola na Finlândia preocupa-se tanto do estado físico como do psíquico dos  seus alunos. É vulgar existir um enfermeiro na escola que promove a medicina preventiva junto dos alunos. O enfermeiro entrevista os alunos individualmente,  pelo menos uma vez por ano, falando de diversos problemas, doenças, sexualidade, alimentação, desporto, etc. Ao professor pede-se que ensine.

 Em Portugal  pelo contrário, entende-se que o professor tem que  desempenhar todas estas funções.

A alimentação, o transporte os livros e o material escolar são gratuitos. Os alunos participam obrigatoriamente  em várias atividades  da escola, como confecionar a alimentação fazer a limpeza dos  espaços e refeitório, sendo estas tarefas consideradas  como integrantes da aprendizagem.  Ao lado das disciplinas teóricas como matemática, leitura, escrita e história os alunos desde os primeiros anos frequentam aulas de disciplinas práticas como as expressões e as tecnologias.

O ensino privado é insignificante. Só existem 27 escolas privadas no país o que não representa sequer 1% da totalidade das escolas, as públicas e privadas são gratuitas evitando assim  a diferenciação social.

Os alunos têm um nível académico invejável, mas apenas começam a ler e escrever aos 7 anos.

                No sistema português tenta-se começar cada vez mais cedo e a falta de maturidade é,  provavelmente, uma das razões dos seus insucessos futuros.

As crianças nos primeiros anos de escolarização aprendem logo uma língua estrangeira. Ao longo do percurso escolar além do finlandês os alunos aprenderão obrigatoriamente sueco e inglês.

O ensino é muito experimental, enquanto que em Portugal a base da aprendizagem continua a ser  restrita e  disciplinar  baseando-se no ler escrever e contar.  Na Finlândia as aprendizagens iniciais fazem-se através de jogos, experimentação que  ajudam as crianças a amadurecer  antes de  começar um maçudo ensino formal. As crianças nos recreios saem sempre  ao pátio independentemente  das condições climatéricas.  Depois de cada 45 minutos de aula têm 15 minutos de  intervalo e desta forma as crianças estão mais receptivas à aprendizagem.  

                A educação é um dos pilares do estado de bem-estar finlandês. Cada aluno independentemente da sua classe social ou local de residência tem direito a uma educação de qualidade.

Há mais de um século que os finlandeses erradicaram o analfabetismo, têm um nível elevadíssimo de  leitura,  mas  independentemente das mudanças políticas mantém o mesmo sistema educativo  praticamente inalterado desde  os anos setenta mesmo nas escolas  finlandesas  espalhadas pelo mundo.

                Os hábitos sociais e culturais também influenciam o nível de desenvolvimento nacional. Os finlandeses costumam comer em 15 minutos, raramente fazem horas extraordinárias, saem cedo do trabalho, cultivam as artes, as atividades em família e na natureza e não conseguem compreender como nos países do Sul  se demora  mais de uma hora para cada refeição.

                A Finlândia destina 6% do PIB à educação. É um dos países com rendimento per capita mais elevado do mundo e um grande desenvolvimento tecnológico sustentado no seu sistema educativo.

                 Talvez com estes dados seja possível compreender  por que razão os resultados entre  os diversos países  são tão diferentes.

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